Acaso proferis a justiça, guardando silêncio? Acaso julgais com retidão os filhos dos homens?
Não, antes no coração obrais iniqüidades
Alienam-se os iníquos desde o nascimento
Têm peçonha, semelhante à peçonha da serpente
A qual não ouve a voz dos encantadores, Por mais hábil que seja em encantamentos.
Quebra-lhes, ó Deus, os dentes nas suas bocas
Disfarçam-se eles como águas que se escoam
Sejam elas como a lesma, que se derrete e se vai. Como o aborto de mulher, que nunca viu o sol.
Como espinheiros que antes de sentirem as vossas panelas o seu calor, Verdes ou inflamáveis, são arrebatados em um turbilhão.
Alegrar-se-á o justo, quando vir a vingança: Lavará os seus pés no sangue do iníquo.
Assim dirão os homens: Na verdade há recompensa para os justos