Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus
Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus
Porque, da muita ocupação vêm os sonhos, e a voz do tolo da multidão das palavras.
Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo
Melhor é que não votes do que votares e não cumprires.
Não consintas que a tua boca faça pecar a tua carne, nem digas diante do anjo que foi erro
Porque, como na multidão dos sonhos há vaidades, assim também nas muitas palavras
Se vires em alguma província opressão do pobre, e violência do direito e da justiça, não te admires de tal procedimento
O proveito da terra é para todos
Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará
Onde os bens se multiplicam, ali se multiplicam também os que deles comem
Doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco quer muito
Há um grave mal que vi debaixo do sol, e atrai enfermidades: as riquezas que os seus donos guardam para o seu próprio dano
Porque as mesmas riquezas se perdem por qualquer má ventura, e havendo algum filho nada lhe fica na sua mão.
Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu tornará, indo-se como veio
Assim que também isto é um grave mal que, justamente como veio, assim há de ir
E de haver comido todos os seus dias nas trevas, e de haver padecido muito enfado, e enfermidade, e furor?
Eis aqui o que eu vi, uma boa e bela coisa: comer e beber, e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, em que trabalhou debaixo do sol, todos os dias de vida que Deus lhe deu, porque esta é a sua porção.
E a todo o homem, a quem Deus deu riquezas e bens, e lhe deu poder para delas comer e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus.
Porque não se lembrará muito dos dias da sua vida